por Vitor Borysow
Três meses após a enchente que devastou o centro histórico de São Luiz do Paraitinga, foi a vez do CoralUSP e da Orquestra Sinfônica da USP (OSUSP) prestarem seu apoio à população da cidade. Os concertos emocionaram a plateia reunida em volta do coreto da praça Oswaldo Cruz não apenas pela qualidade dos repertórios, mas principalmente pela persistência e superação dos músicos em realizar a apresentação apesar das adversidades.
Primeiro foi a chuva que não deu trégua no começo da tarde de sábado (3), atrasando em uma hora o concerto do CoralUSP. “Quisemos trazer um pouco de energia positiva para os moradores seguirem com a reconstrução”, disse André Juarez, regente do coral, após o grupo apresentar Aleluia de Haendel. “Queremos voltar aqui e cantar dentro da igreja reconstruída”, completou o maestro antes de encerrar o concerto com a sugestiva canção Oh happy Day, acompanhada nas palmas pela plateia.
CoralUSP, regido por André Juarez, à direita, no teclado (foto: Dante Daniel)
Já durante o concerto da OSUSP, um black out em toda a cidade deixou a orquestra no escuro dez minutos após ter sido iniciada a apresentação. Apesar da falta de luz, os instrumentistas continuaram tocando por quase vinte minutos para uma plateia concentrada em não perder nenhuma nota. “O que vocês acabam de testemunhar é um fato extremamente singular que mostra o valor dos músicos que compõem a orquestra da qual tenho a honra de ser a regente”, afirmou a maestrina Ligia Amadio após encerrar a apresentação sem o retorno da energia elétrica.
Visitantes e a população da cidade acompanharam o evento (foto: Dante Daniel)
O evento promovido pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária foi, nas palavras da pró-reitora, Maria Arminda do Nascimento Arruda, a “expressão do compromisso social e público da USP com a reconstrução da cidade e preservação da cultura de São Luiz do Paraitinga”. Apoio que segue com os trabalhos da comissão designada pela Reitoria da Universidade para auxiliar no replanejamento urbano e prevenção das enchentes. “Os concertos que acabam de acontecer são um marco histórico e inesquecível que espelham a capacidade de reconstrução da cidade”, comentou, após as apresentações, Sylvio Sawaya, presidente da comissão e diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.
Sylvio Sawaya, diretor da FAU-USP, Ana Lúcia Bilard Sicherle, prefeita de São Luiz do Paraitinga, e Maria Arminda do Nascimento Arruda, pró-reitora de Cultura e Extensão da USP (foto: Dante Daniel)
O acordo de cooperação com a prefeitura prevê a atuação conjunta, na cidade, de estudantes e professores das três universidades públicas estaduais, USP, Unesp e Unicamp, além de universidades particulares da região. A prefeita, Ana Lúcia Bilard Sicherle, aponta para um dos casarões em reforma na praça indicando onde será o novo centro cultural, com espaço reservado para a atuação dessas equipes. “Temos aprendido muito com a comissão de professores da USP a pensar e planejar a São Luiz que queremos para o futuro”, comenta Ana Lúcia.
As festividades religiosas da Semana Santa foram marcadas por momentos de emoção. “Pudemos, pela primeira vez, depois da enchente, voltar a tocar o sino da igreja, que foi recuperado dos escombros”, lembra a prefeita. Além disso, a volta dos turistas à cidade superou as expectativas.
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ResponderExcluirpermita-me que me apresente: sou Maurício Schwartsman, um dos integrantes do coral regido pelo maestro André Juarez. Queria manifestar gratidão por cobrirem a apresentação do grupo, que, desde que entrei, revelou-se muito acolhedor e até agora enriqueceu minha vida com música e pessoas novas. Fora o prazer inegável de cantar que me foi concedido.
ResponderExcluirFico feliz que apreciem nosso trabalho com os mesmos entusiasmo e carinho que dedicamos à música.
Muito obrigado,
Maurício
Foi bom eu ficar com voces o ano inteiro, pode crer foi legal te encontrar foi amor verdadeiro.Sou Suely Ferreira da Silva,instrutora de idiomas e culinarista. Cantei no grupo do maestro André Juarez durante um ano e só parei por problemas no joelho, mas eu continuo amando o coral, ele representa pra mim cura dos males da alma, me faz sentir viva ,e sofremos muito cada que vez uma porta se fecha pros ensaios, os dirigentes da extensão universitária nem pode imaginar o quanto o coral é importante pra todos os cantores,o que acontece lá reflete na alma ,na saúde, no orgulho dos nossos familiares que nos vêem nos nos palcos.Hoje eu não estou lá ,mas sonho em voltar um dia. Nao posso deixar de mensionar as aulas de técnica vocal da Carmina Juarez que também é uma maravilha.Então ,por favor, olhem com carinho pra essa pessoas que tem o coral como suas vidas, e sonham em ter um lugar pra ensaio, pois os problemas dos últimos tempos nos fez sofrer muito. pensem no amor que temos na música ,na vida. muito obrigada.
ResponderExcluirAntes de qualquer comentário, deixe-me apresentar. Meu nome é Douglas, e também sou um integrante do coral cujo regente é o André Juaréz. Sou graduando de Ciências da Computação pelo IME-USP e recebi este ano essa oportunidade magnífica de cantar junto com essas pessoas que, a cada ensaio, me mostram que a vida de quem canta pode ficar recoberta por uma aura que só cerca aqueles que amam o que fazem, e amam levar o que fazem para os outros.
ResponderExcluirFaz um ano que adversidades apareceram no caminho do coral, mas acredito fielmente no que Khalil Gibran diz a respeito da Alegria e da Tristeza: "Aquele que nunca viu a tristeza, nunca reconhecerá a alegria".
Agradeço muito a chance que me foi dada de participar deste grupo maravilhoso, e espero que possamos sempre levar parte desse mundo nosso para as pessoas, assim como em São Luís do Paraitinga.
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ResponderExcluirEu sou Renan Andrade, um integrante do Coral USP - André Juarez. Estou há 1 mês e meio junto com o grupo, do qual eu tenho gostado muito. Todos são muito prestativos na hora de ajudar e sempre demonstram como gostam de estar ali.
ResponderExcluirFiquei muito feliz ao ver a reportagem sobre o trabalho que o Coral desenvolveu em São Luiz do Paraitinga, pois percebo a cada dia que passa o quão importante é o nosso papel para a sociedade. Levando alegria e esperança através da música.
Abraço a todos.
Gostaria de ressaltar a importância do bonito trabalho realizado pelo maestro André Juarez que vai além das apresentações feitas ao público em geral, que nesses últimos 13 anos vem podendo deleitar-se com concertos de alto nível, como também aquele desenvolvido com os participantes de seu coral, que vindos de varias áreas de dentro e de fora da USP, têm a oportunidade de, gratuitamente, poder participar de um projeto de formação e educação musicais.
ResponderExcluirUma iniciativa realmente digna de aplausos!
Eliana Teruel
Atriz
ex-aluna da EAD - Escola de Arte Dramática da USP
Entrei no grupo do André Juarez no meu primeiro ano em São Paulo, quando ainda era caloura da graduação de Artes Plásticas na USP. Foi um crescimento muito grande participar do CoralUSP. Conheci pessoas fantásticas, aprendi muito e, devo admitir, adaptei-me com maior facilidade ao cotidiano desse centro urbano que é São Paulo - com o apoio do grupo que se tornou quase minha segunda família aqui. Foi uma experiência fantástica poder participar da apresentação em São Luiz do Paraitinga e perceber que todo esse sentimento de união, felicidade e superação que faz parte desse grupo possa ter ajudado o povo de Paraitinga a se reerguer e se tornar mais forte ainda após a adversidade.
ResponderExcluirGostaria de agradecer à pró-reitora de Cultura e Extensão, Maria Arminda, por apoiar esse trabalho maravilhoso que existe no CoralUSP e tenho a esperança que, como São Luiz, possamos superar todas as dificuldades que temos passado em relação às mudanças que ocorrem atualmente e que nos tornemos cada vez mais fortes!
Abraços,
Loren Bergantini
Graduanda de Artes Plásticas
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ResponderExcluirMeu nome é Margarete Scauri e trabalho com Secretária Executiva numa Empresa Alemã.
ResponderExcluirHá mais de seis meses faço parte do Coral USP (grupo do Maestro André Juarez) e já participei de algumas apresentações, todas bonitas e emocionantes, mas nenhuma foi tão especial quanto a de São Luiz de Paraitinga. Nessa oportunidade descobri que, com nossas vozes, poderíamos ir além de levar cultura e entretenimento, poderíamos nos engajar numa AÇÃO SOCIAL.
Sei que o Coral passou por momentos difíceis no ano passado,mas depois que a Sra.Pró-Reitora fez questão de cumprimentar cada integrante do grupo, percebi que nossa sorte irá mudar e que seremos apoiados.
Gostaria de agradecer a oportunidade e o privilégio de participar de um grupo tão dedicado, empolgado e amante do que faz e de ter uma Maestro como o André Juarez, que não mede esforços para nos tornar cada vez melhores!
Para mim o coral é um Oásis no meio de tantas atividades estressantes que exerço em meu dia-a-dia.
Espero também poder voltar a frequentar as aulas de técnicas vocais da Professora Carmina, que tive que abandonar por incompatibilidade de horários.
Agradecemos mais uma vez a emocionante participação dos coralistas no evento de São Luiz de Paraitinga e ao trabalho do corpo técnico do CoralUSP.
ResponderExcluirA arte não conhece fronteiras, Ela une pessoas e abre sorrisos. Derruba qualquer barreira. Tenho o privilégio de fazer parte deste coral ha quatro anos e sou testemunha da felicidade tanto dos coralistas, aplicados que são,quanto do público que sempre nos recebe e aplaude se identificando conosco através da arte. Venho aqui mencionar a gratidão que tenho ao nosso regente que com seu talento e aplicação nos proporciona a beleza da música! O Coral USP mudou minha vida!!! Levaria tempo e muitos parágrafos para descrever. Mas antes de mais nada venho agradecer!É uma honra para mim e meus colegas poder proporcionar cultura, beleza e solidariedade às pessoas. Saber que fazemos parte de algo maior, e que contamos com o importante apoio de pessoas que reconhecem e nos incentivam em nosso intento como a sra. reitora dona Maria Arminda do Nascimento.Respeitosamente obrigado! Benedita Ferrari.
ResponderExcluirMeu nome é Ieda Maria de Almeida Rizzieri, sou artista plástica, trabalho na Secretaria do Meio Ambiente e participo do Coralusp há 12 anos. Tem sido muito enriquecedor, conviver com o maestro e os coralistas e também poder observar na expressão daqueles que assistem aos concertos, o poder que a música tem de tocar a alma. É algo realmente emocionante. Não consigo me imaginar fora do grupo (espero que o maestro também não!!!!) que é uma extensão da minha família, e estou torcendo para que as adversidades que temos enfrentado sejam superadas, nos façam mais fortes e que esse trabalho tão lindo que o Coralusp desenvolve há mais de 40 anos, continue firme e forte.
ResponderExcluirAbraços.
Ieda
Meu nome é Rita Monteiro, sou engenheira química, fiz mestrado na POLI/USP e agora faço doutorado no IEE/USP (Instituto de Energia), pesquisando atualmente sobre sustentabilidade de fontes de energia. Sou professora em uma universidade particular e presto serviços de consultoria ambiental em diversas empresas.
ResponderExcluirEntrei para o Coral da USP este ano e já não consigo mais imaginar minha vida sem ele...
Para mim, a música é a energia necessária para engrandecer a alma.... e cantar.... representa transcender espaço&tempo em busca de um verdadeiro significado para a vida.
Espero permanecer neste ambiente maravilhoso por muito tempo e agradeço por ter sido tão bem acolhida pelo grupo e pelo maestro.
"Porque cantar parece com não morrer... é quase não se esquecer... que a vida aqui TEM RAZÃO" Ednardo
abs,
Rita
Meu nome é Gina Petraglia, sou psicóloga e professora de idioma. Ingressei no CORALUSP há um ano. Fico pensando o que me mantém aqui. Eu poderia viajar ou passear aos sábados. Poderia dormir um pouco mais nos feriados e às quartas, chegar em casa um pouco mais cedo e descansar, ou me dedicar um pouco mais à minha família. Mas cancelo todos os compromissos sociais e vou pra USP encontrar um grupo de pessoas que optaram por fazer o mesmo que eu: cantar; unir nossas vozes e produzir uma sonoridade que arrepia quem canta e quem ouve. Por quê? Porque a música não tem nacionalidade, condição social, econômica ou religiosa. Porque a força de cantar em um coral une e eleva quem canta e quem ouve. No mundo confuso de hoje, para o bem geral e individual, é preciso cantar porque faz bem pra quem canta e pra quem ouve.
ResponderExcluirAbs,
Gina